quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O primeiro amor


Há algum anos reencontrei meu primeiro amor de adolescência. Foi um grande choque, além de ter ficado baixinho, agora é gay. O fato dele ser homossexual não me afetou, mas o fato dele ser baixo me deixou bastante constrangida. Eu cresci e ele ficou, fiquei me perguntando o que eu tinha visto nele.

Isso me fez olhar uma caixa de fotos antigas, há algumas semanas, e reencontrei um diário com algumas páginas em branco. Resolvi atualizá-lo após 15 anos de memórias curtas. Citei uma ou outra pessoa que merecia entrar para os anais da minha vida. Tive que escrever que meu primeiro amor agora é gay. Quem vai ler isso no futuro? A vida é cheia de desencontros.

Ando meio saudosista do tempo em que amor era tudo. Hoje em dia, tanto faz, o importante é ter um sexo bom e alguém que ouça de vez em quando os nossos problemas. A vida é tão prática que falta amor.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Olá!?!

Olá! Alguém ainda passa por aqui? Faz tempo que não escrevo. Andei olhando os blogs dos meus amigos, muitos tão desatualizados quanto o meu. Mas, aí encontrei um herói da resistência: o Ravi, casado com a pequena Soraya e pai do pequeno Artur e da pequeníssima Hannah (nascida no Canadá). Um cara sempre alto astral e bem humorado que mudou com a família para Calgary e, após 4 anos, retorna ao Brasil.

Meu lema sempre foi "É melhor se arrepender de algo que fez do que não fez". Pior é não tentar, viver na frustração. Eu tentei as bolsas de estudos para o Japão, fiz curso de inglês e japonês, fui para o Canadá nas minhas férias estudar, voltei e agora começo a repensar meus objetivos. Viver em outro país é legal, mas é também frustrante quando você sente falta das suas coisas no Brasil.

Gostei muito de Toronto, mas descobri que lá também há velhinhos tarados e gente consumindo drogas na rua. Convivi com imigrantes e estrangeiros, principalmente indianos, árabes, japoneses, coreanos, tailandeses, taiwaneses, mexicanos, venezuelanos, bolivianos, suícos e franceses. Os torontians são muito receptivos e pacientes com estrangeiros, o que se é esperado num país tão multicultural.

Adorei New York e sua magia. Achei lindo o mar de Miami Beach. Os EUA são realmente um paraíso para as compras porque pagamos no mínimo 3 vezes mais aqui. Mas, o povo não é muito gentil.

Assim que cheguei, mudei de função no trabalho e a responsabilidade triplicou. Comecei uma pós-graduação, dei um tempo nos idiomas, finquei o pé no chão por um tempo. Não vejo como um retrocesso. Como o Ravi, vejo como um recomeço, seja aonde for.