terça-feira, 14 de setembro de 2010

Resumão do feriadão de 7 de setembro


Sumi devido a alguns acontecimentos.

Antes do feriadão cai do último degrau do ônibus. Não sei como aconteceu, mas quando vi já estava no chão. Pior, no ponto de ônibus lotado em frente a um shopping de Brasília. Fora os passageiros grudados na janela de vidro para ver o que aconteceu e ainda eu sair mancando, está tudo bem. Estou ficando resistente a quedas.

Resolvi viajar no feriado, ir à praia, tomar banho de mar e ver as baleias jubartes. Mas, antes de arrumar minha mala recebi a carta-resposta da Nippon Zaidan. Um cópia da mesma do ano passado: ainda não foi dessa vez.

Quem sabe no ano que vem? Não sei mais. Porém ainda tenho o resultado de uma última bolsa para aguardar ainda neste ano. Enquanto isso, estudo para a prova de proficiência nível básico em japonês com minha kawaii sensei.

Mas, a viagem... Ah, essa valeu a pena apesar de ter aproveitado só dois dias. Consegui a proeza de não me queimar nadinha ao passar protetor solar quatro vezes ao dia. Mas, não escapei do escorregão de joelhos na proa do barco. Gente de terra firme é assim, meio sem equilíbrio. Ao menos não vomitei, fiquei lá na frente lambendo o vento até atracarmos na ilha Siriba, a única das 5 ilhas onde os turistas podem descer para conhecer os atobás. Bichinhos dóceis esses.

Definitivamente sou uma pessoa das montanhas. Comprovei que não gosto mesmo de praia e areia sapecante, mas mergulhar no mar é uma exceção. Fiz o mergulho de batismo em Abrolhos e me deu vontade de fazer o curso de mergulho autônomo para visitar Fernando de Noronha e, quem sabe, a Barreira de Corais na Austrália.

E as baleias são impressionantes. Curiosas, se aproximam do barco. Mas, eu conto sobre elas mais tarde.

sábado, 28 de agosto de 2010

Encontro de Família


Estou despachando minha mãe para o encontro da Família Martha Felix em Cerro Azul (PR), em outubro.

Martha é sobrenome também, mas por anos, achei que fosse o segundo nome da minha avó Ana Martha. E mesmo que minha mãe afirmasse que não, só acreditei quando conheci minha prima de 5° grau com esse sobrenome em Curitiba.

O que me deixou muito contente, foi a afirmação do tio Milton de que 75% (não comprovado estatisticamente) de Cerro Azul serem nossos parentes. Enfim, uma raiz próxima! Um lado da família que não está do outro lado do mundo.

Ele conta que depois de muitos anos sem visitar a cidade (afinal meus avós se mudaram de lá no século passado) andou pelas ruas com meu tio-avô que ia apresentando os parentes que passavam. Balançando a árvore geneológica de uma cidade de 18 mil habitantes, caía muito primo.

Em outra visita, o carro quebrou e ele precisou comprar uma peça numa oficina. O problema é que a peça era cara, o dono não vendia a prazo e havia a possibilidade de não servir. Até que se descobriram primos. Resultado: ele levou a peça para testar, se desse certo depositaria o dinheiro e se não desse, mandava a peça de volta por algum primo.

Mas, o mais legal de ter raízes em cidadezinha do interior do Brasil é saber que tenho um monte primas loiras! E elas dizem "E nós temos uma prima japonesa!".

Isso é Brasil.


*Na foto, meus avós com minha mãe e um tio passando ao fundo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bebês na Web


Agora criança com menos de um ano de idade já tem msn.
Esta foi a solução encontrada por um casal de amigos para monitorar o filho enquanto estão no trabalho.

Em casa, a webcan fica ligada enquanto o bebê está com a babá. Prático, não?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Companhia para um chá


Enfim, encontrei uma companhia para tomar chá: minha professora de japonês.

Além de paciente (sou como uma criança de 1ª série aprendendo a ler e escrever em japonês) e cheia de histórias nipônicas para contar, ela adora chás exóticos.

E também gosta de chá de maçã com canela e morangos silvestres, uns dos meus preferidos! Outro dia me falou sobre uma flor de jasmim desidratada que se abre, em infusão, dentro da chaleira. "Fica lindo numa chaleira de vidro", comentou. Achei fantástico! Eu tenho a chaleira de vidro, falta achar a flor desidratada.

Hoje vamos tomar chá de folhas de jasmim antes da aula, uma variedade chinesa. Mas já experimentamos o chá verde com folhas de arroz (japonês) e o de hibisco (nacional). "Japonês adora hisbisco", ela afirma.

Enquanto minha professora prepara as aulas, eu preparo os chás. Já estão na minha agenda para a próxima semana: pêra verde e laranja com jasmim.

E pensar que no primeiro dia de aula, timidamente tomamos chá Mate Leão tostado...

Mesmo assim, na hora da ceia, eu ainda pergunto: você prefere chá, café ou leite achocolatado? Ela responde "Mas é japonesa mesmo...".

domingo, 15 de agosto de 2010

Como se arrumar em 30 min


Quanto tempo uma mulher precisa para se arrumar? Depende do caso.

Se for para ir até um barzinho ou cinema, em torno de 1h30min para banho, roupa, sapato e maquiagem.

Se for para uma balada, de um a dois dias, pois a preparação requer um salão de beleza para cabelos e unhas e uma volta no shopping para achar roupa e sapato ideais.

Se for para um casamento, uma ou duas semanas para encontrar o vestido longo, o sapato perfeito, as jóias que combinam e uma vaga no excelente cabelereiro para penteado, maquiagem e unhas.

E se for para sair com o Hebert para chegar às 21h num pub que depois das 22h fica lotado no sábado à noite? Trinta minutos. Esse foi o tempo recorde para entrar em desespero.

Quem assistiu Sexy and City 2 se lembrará da cena onde o quarteto de mulheres tem apenas uma hora para arrumar as malas e sair do hotel para não ter que pagar uma diária de 23 mil dólares.

Nessas horas, odiamos a praticidade masculina. Eles passam em casa, trocam a camisa e o sapato e já estão prontos. Porém, como estávamos de carona e a pessoa disse que queria chegar cedo, tive a difícil missão de comunicar as amigas e monitorar o horário.

19h30min, no meu prédio.

Celular toca:
- Tá pronta? Tô aqui embaixo.
- O quê? Mas eu ainda estou pelada!!!

Só não sai com o sapato na mão para não parecer que meu apartamento estava pegando fogo. Mas vesti correndo um vestido, enfiei o pé no sapato e joguei um sobretudo por cima para passar com alguma dignidade pela portaria do prédio. Debaixo do braço: bolsa, kit de maquiagem, 2 energéticos porque depois dos 30 anos a gente não tem mais aquele pique e um saco de pão de queijo porque nenhum de nós havia jantado.

O cabelo foi secando ao vento.

19h45, dentro do carro.
Saindo de casa, ligo para a primeira amiga.
- Amiga, você está pronta? Já saímos de casa.
- O quê? Você está louca? Estou passando (fritando) bife para as crianças! Elas ainda não jantaram.
- Em 30 min estaremos aí.
- Impossível! Só se eu não tomar banho... É melhor eu ir de táxi. Encontro vocês lá.

19h55min, a caminho da casa da outra amiga.
- Oi!
- Já saímos de casa. Estamos indo para aí...
- O quê? Estou começando a me arrumar agora.
- Então se apresse, estamos chegando.

Não vi, mas imagino o desespero dela.

Enfim, com exceção da amiga que precisou fazer o jantar para os filhos, conseguimos chegar no local às 21h.

É possível ficar pronta em 30 min, mas é odiável!

domingo, 8 de agosto de 2010

Intensivão de japonês

Contratei uma professora de japonês para fazer um intensivo durante a semana, além das aulas na associação-nipo aos sábados.

Estou me preparando para o teste de proficência em língua japonesa, o noryoku shiken ou Japanese Language Proficiency Test (JLPT), que será realizado em dezembro.

Devo aprender 150 kandis e ter um vocabulário de 800 palavras para ter o nível básico (5 ryu). O exame é requisito para algumas bolsas de estudos e universidades.

Bom, já sei uns 60 kandi e tenho dicionários (um novo e um todo em japonês - recém-herdado do meu pai), apostilas da Universidade de Tokyo, programa para escrita japonesa e uma professora.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

10 anos depois...


Ontem eu estava revendo fotos antigas com um amigo que conheci há 10 anos. Putz, DEZ anos!

Enquanto jogávamos mau-mau pelo msn, sentados na mesma mesa, de frente um para o outro, e tomando vinho branco seco, de vez em quando interrompíamos a jogada para dizer "olha essa foto!"... Para o outro responder "caralho, como tava diferente!".

Eu sei, essa combinação não tem nada a ver: jogo, msn, vinho e foto antiga. Mas dez anos depois, todo mundo com mais de 30, isso não importa mais. Tudo virou dezena, engordamos uns dez quilos, mudamos de emprego umas dez vezes, um descobriu mais de 10 fios brancos, outro ganhou dez centímetros nas entradas laterais... A vantagem é que agora a gente pode se dar o luxo de usar o computador para substituir dois jogadores.

Há 10 anos não era assim. Celular era uma coisa para poucos, computador eram um item caro. A comunicação exigia mais energia humana: marcavávamos com antecedência, deixávamos recado por telefone ou simplesmente aparecíamos na casa do amigo sem avisar. Viajar? Só com uma galera de uns dez.

Hoje a gente marca e desmarca, começa e termina, ganha e perde online. Vida prática. Nem precisamos mais sair de casa carregando um espesso álbum de fotos.

As fotos estão salvas num pendrive. As memórias dos melhores tempos estão guardadas num HD (Hard Disk). Minha vida agora depende de um técnico de Tecnologia da Informação.

Ah, esse meu amigo veio resgatar a placa-mãe do meu velho computador, meu reservatório de memórias. No fim, o computador venceu o jogo e a noite terminou em ressaca.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eu versus Japoneses no Brasil


Não passei na seleção do Monbukagakusho, mas já me inscrevi na bolsa da Nippon Zaidan e estou me inscrevendo numa bolsa de associação de província. No caso, de Shimane-ken, onde meu pai nasceu.

Por pouco mandei tudo para as cucuias, passei raiva com esses japas. Cheguei a bradar "Se o povinho de lá for igual ao daqui, nem quero ir mais!".

Os japoneses realmente são corporativistas. Eles sempre darão a preferência para os conterrâneos, de preferência 100% japonês. Mas para os mais velhos, mestiço tem que provar que os 50% da raça valem a pena. Ainda bem que nos outro 50% brasileiro veio a persistência (que às vezes se confunde com a teimosia).

Passei 40 minutos em pé na sala de estar, sequer fui convidada para sentar, ouvindo uma professora de japonês e sua mãe, que sequer falava português depois de tanto tempo no Brasil, dizendo que eu não conseguiria a bolsa de estudos pela província porque não tinha idioma suficiente, que eu iria sofrer muito no Japão, que era muito difícil porque eu não iria conseguir preencher os relatórios, que não iria passar na seleção porque tinha exame oral e escrito e, principalmente, porque não tinham tempo para preencher a ficha de inscrição em japonês para mim.

Fiquei pensando no tanto que já sofri desde os 16 anos, sem pai nem mãe, tendo que trabalhar, estudar e ainda cuidar das minhas irmãs. Lembrei das diferenças culturais de cada Estado em que vivi, um em cada região do Brasil. Isso vai ser fichinha! E eu adoro peixe cru.

Indignada, liguei para a associação de província, expliquei a situação, argumentei porque daria certo se eu conseguisse a bolsa. Resultado, tenho hospedagem grátis quando quiser ir à SP e ainda obtive a informação que o exame é feito pelo governo do País através da seleção de currículo. Ou seja, nada de prova oral ou escrita, só preciso ser descendente da província. Eles me deram total apoio.

E o melhor, só tem eu e mais um concorrendo para a mesma vaga! E ele sabe japonês tanto quanto eu!!!

Munida das informações, achei outra professora disposta a me ajudar a preencher a ficha de inscrição. Eu tenho que ir ao Japão conferir se o povo de lá é como os daqui, apesar de saber bem que gente desse jeito tem em qualquer lugar do mundo.

Aí vou eu, de novo!

Teimo!

Se o Lula chegou à Presidência da República teimando porque eu não chego ao Japão?



Obs: na foto, o Castelo de Matsue, na capital de Shimane.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Operação Monbukagakusho


Algumas pessoas me perguntaram se eu consegui entregar a documentação a tempo.

Sim, consegui. Montei uma verdadeira operação de logística que me obriga a dizer que se eu não passar nos exames da Embaixada do Japão, terei que montar uma empresa de eventos em Brasília. Como é bom trabalhar com gente comprometida, eficiente e profissional! Nas últimas 12 horas que antecederam a efetivação da minha inscrição, deu tudo certo!

No último dia de inscrição, a Cynthia acordou cedo e me enviou ainda pela manhã mais algumas observações sobre o projeto. Liguei para o revisor e perguntei se havia tempo de incluir mais um parágrafo, ele disse que sim. Até que revisar foi rápido, mas de acordo com o Du Brasil (o revisor), complicado foi enviar por e-mail. Por que a conexão de internet dá pau, a luz acaba ou o computador sempre trava nessas horas???

Mas ele conseguiu. O documento chegou às 12h10. Vinte minutos depois, eu saía com ele impresso debaixo do braço para pegar uma carona com o Guto para chegar à Embaixada do Japão (no horário de almoço do meu trabalho) e fazer minha inscrição. Carona, não! Larguei o Guto no curso dele e peguei o carro emprestado.

Claro que na noite anterior já havia buscado a localização da embaixada no google maps, anotado o endereço e telefone e organizado toda a papelada para a inscrição (tradução de histórico escolar e diploma, currículo etc). Depois de tudo isso não adiantava mais me desesperar, foi-se feito tudo o que se podia fazer, liguei o "Foda-se" e fui com calma para o Setor de Embaixadas Sul.

Quando estacionei e ia descer do carro; chegou uma moça apressada, estacionou ao meu lado e foi direto para a guarita enquanto eu pegava minha documentação e deixava câmera e celular no interior do veículo. Claro que a pressa dela não adiantou, ela teve voltar e deixar o celular dentro do carro. A Embaixada abre pontualmente às 13h30 e não permite a entrada de aparelhos eletrônicos, nem mesmo o bendito celular. Mas, isso eu já sabia... Hehehehe.

Bem, fui a primeira a ser atendida. Descobri que fui a única a entregar a documentação traduzida para o japonês (podia ser em inglês), então chamaram outra pessoa mais entendida do assunto para me atender. E o resultado é que passei por praticamente uma entrevista com perguntas do tipo: por que a tradução juramentada em japonês, onde você estudou, onde trabalha, quanto tempo de escola japonesa e vai prestar o exame em japonês também?

Não, moça. É que tentei a bolsa da Nippon Zaidan no ano passado e achei que seria mais prático traduzir logo para o japonês, já que as universidades devem pedir essa documentação em algum momento.

Satisfeita, ela disse que estava tudo OK e que eu receberia orientações por e-mail, senão deveria ligar para lá até esta sexta-feira (4). Não recebi nenhum comprovante de inscrição, mas se uma japonesa de verdade disse que estava tudo OK, a gente acredita.

Recebi. E nesta segunda-feira (7) terei duas provas que são classificatórias. Os melhores terão o direito de terem seus projetos e documentação analisados e serão chamados para uma entrevista no dia 18. Os selecionados em entrevista terão a documentação enviada para análise do Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia (MEXT) e após o OK do ministério, a universidade escolhida dá seu parecer, se aceita esta pobre pesquisadora brasileira ou não.

Quando vou saber o resultado final se passar em todas as fases? Lá para fevereiro de 2011.

E quanto a prova, dei uma olhada nas edições anteriores. São relativamente fáceis, mas exigem um conhecimento intermediário em inglês e japonês. Terei 1 hora para resolver umas 35 questões (divididas em aproximadamente 13 páginas) para cada idioma. Ou seja, duas horas para 70 questões no total.

Já liguei o "Foda-se" de novo. Estou estudando as provas anteriores para me familiarizar com as questões. A fase de aprender o idioma já foi, não há muito o que se fazer às vésperas da prova. Nem vou me desesperar, pois se eu passar, terei curso de idioma no Japão.

Agora resta torcer para conseguir uma boa média, pois não sei como está o nível dos meus concorrentes. Mas se não der, existem outras bolsas para este ano e essas são exclusivamente para nikkeis (descendentes de japoneses), aí a concorência é menor. Às vezes acho que só eu e um monte de não-nikkeis querem estudar no Japão...

Se alguém quiser uma dica de como conseguir uma bolsa de estudos para o exterior, digo que é essencial se planejar anos antes e aprender o idioma do país pretendido. Boas notas escolares e ter estudado em universidade federal também ajudam, mas acho que conta mais o senso de voltar para o país de origem. É investimento perdido para os governos, um pesquisador que não retorna para contribuir no desenvolvimento de seu país.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Monbukagakusho


Esse palavrão simboliza na minha vida "viver no mínimo dois anos no Japão com bolsa de pós graduação do governo japonês".

Enfim, terminei meu protótipo de projeto (se é que existe isso) baseado no pedido pela Embaixada do Japão: introduçao, justificativa e metodologia. A referência bibliográfica era facultativa. Obrigada Cynthia Mara, colega de faculdade na Universidade Federal do Tocantins (UFT) e doutoranda na Universidade de Brasilia (UNB), por ter acendido a luz no último minuto e colocado em ordem a minha bagunça mental!

Ainda tenho 12 horas para traduzir para o inglês e entregá-lo no Departamento de Cultura junto com uns documentos traduzidos para inglês e japonês... Seja o que tiver que ser! E viva o tradutor google online!

Preparei-me durante um ano para isso, fora os seis meses pesquisando bolsas de estudos no exterior para chegar até aqui. Dentro desse período, tive nove meses de intensivo de inglês, dois semestres de curso básico de japonês e um semestre na pós-graduação da UNB como aluna especial. O ano de 2009 passou voando! E só agora que me dei conta disso.

Sei lá se tem gente mais preparada do que eu no exame de idiomas que será realizado no dia 7 de junho, mas fiz o meu melhor no prazo que tive. A família também foi muito importante, ainda mais minha querida irmãzinha Zuzu e meu cunhado Gêo que me deram a oportunidade de cursar um caro curso de inglês (e põe caro nisso). E acho que também devo algo a Deus devido às orações da minha mãe.

Mas isso é um post de agradecimento? Então, não poderia deixar de citar todas os amigos do Tocantins que me apoiaram e, principalmente, os que não me atrapalharam entendendo meu momento de introspecção e dedicação aos estudos. E também ao Fred que teve a grande idéia de me alfinetar para fazer uma pós com a célebre frase "Até os 20 anos, você é promessa. Depois dos 30, você é alguém que deu ou não deu certo". Agora ele afirma que isso foi culpa do vinho. Então o deus Baco merece algum mérito também.

Bem, se não for dessa vez, não será a última ocasião que o Ministério da Educação, Cultura, Esporte e Ciência e Tecnologia do Japão ouvirá falar de mim. A bolsa Nikkei Scholarship Projeto Realização do Sonho abre dia 1° e lá estarei eu e minha pastinha debaixo do braço de novo.

Yoroshiku onegai shimasu!

domingo, 9 de maio de 2010

Coração de Flor de Cactus

Estou felicíssima!

Acabei de ganhar um perfume maravilhoso da minha amiga Alê, por meu aniversário atrasado. A frangância Very Sexy for Her, da Victoria´s Secret, é muito sensual e feminina. Obrigada, amiga!

O perfume tem notas de cabeça floral oriental, coração de flor de cacto com camélia e fundo de âmbar branco, baunilha e amoras. Apesar da baunilha ser a frangância de fundo, a flor de cactos perdura do início ao fim. Um aroma agreste das noites pós-chuva do sertão que me comoveu, pois me traz pensamentos muito bons.

Alguém já sentiu o aroma de uma flor de cactus? Algumas recendeiam gloriosas na madrugada para atrair insetos na polinização, outras cheiram muito mal para atrair moscas, mas com o mesmo intuito.

Certa vez, tive a sorte de conhecer uma espécie do cerrado onde a flor emergia do miolo de seus espinhos quase como um susto, mas seu aroma era esplendoroso. Encontrei um exemplar numa caminhada às margens do rio de Ondas, na Bahia, e levei para casa para decorar meu quarto de adolescente rebelde. Reguei como um chuvisco de verão e no dia seguinte, antes de ir para o colégio, notei um botão crescendo no centro do cactus. Quando voltei, espantei-me com um botão crescido vários centímetros na minha ausência.

Ao pôr do sol, lá estava aquela linda flor, em toda sua magnitude, se apresentando para mim, aromática e com pétalas tão delicadas... Fiquei enamorada, dormi feliz, encantada. Mas, acordei quase asfixiada em meio a sonhos delirantes. Seu aroma era tão forte que tive que colocar o cactus para fora.

Mas, assim que o sol nasceu, a flor morreu. Aquilo me marcou, uma flor que brota com tanto custo assim da aridez e vive apenas por uma noite? É tão efêmera que só florece uma vez por ano, mas tão forte que num enorme impulso, brota, cresce e se abre para o mundo em apenas 24 horas. Tudo isso por uma única noite de amor com uma intensidade impressionante.

Quando senti o Very Sexy, lembrei dessa flor. Após ter contado essa pequena história, pode ser que alguns julguem como um perfume de mulher desesperada... Mas, não é isso. É um perfume para várias noites, para todas as vezes que quisermos nos sentir sexy, únicas e provocantes, como uma flor de cactus. Regue para ver!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Qualidade de vida no trabalho


Acabei de mudar de emprego. E sempre que encontro algum conhecido é sempre a mesma pergunta: E aí, como é lá? E eu sempre respondo: o ar condicionado funciona! E muito bem por sinal.

Pode parecer banal ou exagero, mas tecnicamente passo oito horas em frente ao computador, o ar condicionado a 18 graus é um conforto. Claro que para a maioria das muheres do departamento, não. Mas vindo de onde vim, dos quintos do Tocantins, é um grande alívio poder trabalhar com um terno completo (considerando a blusa) e um sapato fechado enquanto se aprecia uma xícara de chá quentinho. Estou até levando ervas de casa!

A copeira já sabe e logo cedo traz minha xícara de água quente. O dia todo somos abastecidos com água no copo porque no friozinho de 18 graus dentro da sala e 14 graus fora, esquecemos de beber nossos 2 litros diários.

E como tudo isso influencia na produtividade! Meu rendimento melhorou, não sinto aquela preguiça depois do almoço e nem fico suando bicas enquanto entrevisto alguém por telefone. A única desvantagem é que o frio aumenta o apetite...

Bem, é isso. Queria atualizar o blog, pois na correria das mudanças meio que abandonei esse espaço. Mas continuo estudando idiomas e com aquele antigo plano de abandonar o barco brasileiro...

Logo trarei mais notícias!