sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Quando a gente morre, nos últimos instantes, a vida passa como um filme?

Ao visitar meu gerente de banco, ele me ofereceu um seguro de vida. Pensei: seguro de vida para quê? Solteira, sem filhos, sozinha... Só se for para cobrir os gastos do meu funeral!


Aí, me ocorreu: será verdade que na hora da morte, a vida passa pela cabeça como num filme?


Nas poucas vezes em que estive com minha vida em risco, ela não passou como um filme. A única coisa que meio veio foi “Então é assim que morrerei? Que estranho (ou que pena)...”. E parou por aí. Talvez porque não era o fim. Só um lembrete do quanto a vida é frágil.


Eu queria mesmo era ver o filme do “depois”.
Saber quem foi ao meu velório, quem chorou, tomou tequila em minha homenagem (ao menos o Hebert e a Rafaela eu diria que sim, mas seria ótimo confirmar depois); ter certeza que fui cremada e minhas cinzas jogadas de cima do Pico Olimpo, no Conjunto Marumbi, a favor do vento que é pra ninguém correr o risco de me engolir...



Pior que essa curiosidade não é só minha. Ontem mesmo um amigo me perguntou pelo MSN se eu iria ao velório dele, pois se sentiria mal se ninguém fosse. Eu o tranqüilizei, ele tem família, pô! Ao menos a família!


Aí, me veio a idéia ridícula e dramática: dá tempo de pensar nas pessoas colocando-as em ordem decrescente de importância para que a mais especial ficasse por último, levando o último suspiro de lembrança?


Claro, seria mais vantajoso morrer lentamente, agonizando de uma doença terminal para pensar em tudo: seguro de vida, dívidas pendentes, herança, lembranças, coisas que não fiz, pedidos de perdão, bilhetinhos póstumos, funeral, um litro de tequila... Porém, mais doloroso. A vontade de ficar e ser eterno são um desejo comum.

Ah, e o sonho angelical de morrer dormindo, inesperadamente, sem dor, sofrimento ou despedida? Apenas dormir e deixar de existir... Porém, deixar tudo inacabado, a obra de uma vida!

Mas, como dizem por aí, se soubéssemos o “amanhã”, tiraríamos o sentido da vida. Então, é melhor começar a rodar esse filme de “ontem” logo, aproveitando o hoje sem pena do passado. Estão todos convidados (para reflexão e pro funeral, seja quando for)!








domingo, 21 de setembro de 2008

Os homens de 20, 30, 40... ops, parei por aí!


Descartem minha idade, sem levar em conta isso, analisem comigo o desempenho sexual de um homem na casa dos 20, 30 e 40 anos. Estou generalizando, vocês sabem.

Sempre admirei a beleza madura dos 30 anos, a beleza balsaquiana, tanto feminina quanto masculina. Acho que é a plenitude da humanidade, o ápice antes da decadência. Mas, os homens, em sua maioria, sempre preferiram a florescência dos 14 aos 21 anos.

Eles sempre buscando o frescor da juventude. Elas sempre buscando a segurança da maturidade... E assim é.

Porém, há dias reflito sobre a sexualidade dos homens, mas só falo do que experimentei. Os na casa dos 20 são ansiosos por experiências, têm “fogo no rabo”, são facilmente excitáveis, com hormônios à flor da pele. É fisiológico!

Os de 40, sinto muito, não tem o mesmo desempenho, por mais que eles neguem ou se esforcem. Acho que tem a ver com o emocional. Já se envolveram, já se frustaram, não têm a mesma entrega, a mesma empolgação. Tudo é mais calculado, mais premeditado, por mais que seja satisfatório.

Bom mesmo são os de 30 anos. Ah, os de 30... Prefiro os de 30 anos que já passaram pela empolgação da juventude e, aos 40 anos, ainda não se frustraram com a indecisão feminina. É uma fase inicial de maturação, onde há ainda intensidade aliada a uma mescla de novidade... sexo e sentimento.

Outro dia estava a rir silenciosamente de um conhecido que aos 42 anos dizia que as moças de 28 a 32 anos estavam olhando para homens como ele, se gabando da nova situação (óbvio). Ele se perguntava o que estava acontecendo. Eu não quis contar que elas estão em busca de uma maturidade que lhes dê segurança emocional.

Homens de 30 ainda traem, e muito. Eles estão em busca de ascensão profissional, isso inclui poder e mulheres. Mas quando chegam aos 40 se sentem meio sós, buscam uma companheira (vejam bem, companheira e não grande amor). Aí, está... e mulheres de 28 a 32 anos, solteiras, carentes e solitárias querem casar! Já, eles, não. Querem curtir a vida como se tivessem 20 (sem o mesmo vigor), com as moças de 20, mas com o poder aquisitivo de 40.

Do outro lado, uma amiga dizia “é melhor chegar aos 30 anos divorciada do que solteira”. Mas com homens de 40??? Cai fora, deixa eu chegar nos 38 anos primeiro. Por enquanto, os de 30 estão dando conta do recado. E se, até lá, nenhum quarentão me quiser, ainda haverá os cinqüentões tão mais desesperados do que eu...


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Em Buenos Aires (AR)

Eu fui de 8 a 10/09... e achei que ia passar frio! O clima estava super agradável... um friozinho suportável, andei só com casaquinho, jeans e meia calça. Achei exagerado a forma que os argentinos se vestem... quando olhei pela janela do hotel, achei que ia gear... todo mundo de casaco, cachecol, bota etc. Saí toda equipada, voltei com metade das coisas (casacos, cachecol, luvas etc) nas mãos!

Puerto Madero tem restaurante bacanas, não pude ir ao show de tango (fica para a próxima vez), mas deu para passear na Calle Florida, visitar a Catedral e ver a Casa Rosada num único dia.

No início da Calle Florida, tem um quiosque de atendimento ao turista, eles foram ótimos, entenderam meu portunhol. Me explicaram que haveria uma manifestação da greve dos motoristas de ônibus e caso eu topasse com ela, era para voltar... As ruas estavam bem policiadas e a Casa Rosada com grades de proteção.... mas não topei com a manifestação e foi tranquilo. Tomei muito cuidado com minha bolsa, mas a máquina fotógráfica me denunciava como turista na Calle Florida. Os vendedores de casacos de pele e os cambistas nos abordam na rua. Não dei atenção à eles.

Acho engraçado a falta de paciência nos quiosques e nas cabines de telefones. Eles querem que vc dê o dinheiro trocado. Minha ligação custou R$0,90 e minha menor nota era AR$10,00. O caixa olhou pra mim e perguntou "não tem AR$1,00 ?". Com minha negativa, ele olhou pro céu e disse "Ai, Dios, por que me castigas???"

Pegando a Avenida Libertador no sentido contrário à Calle Florida, fui ao cemitério onde está enterrada Evita Perón, ao Shopping de Designer (que ao lado) e passei no Museu Nacional de Arte, que estava fechado e só abre às 12h30... Atrás do Museu está a Universidade de Direito de Buenos Aires que é linda! Lembra aquelas antigas escolas gregas de filosofia com duas colunas e escadarias imensas...

Amei o ar europeu, com lojas de grifes famosas e arquitetura art decor, e o fato de poder tomar vinho no almoço, à tarde e no jantar!!! Meu estado ébrio era sutilmente constante...

Ai, céus... o céu é o limite? Quero ir pro espaço então....rs