domingo, 31 de agosto de 2008

Tudo vale a pena se a alma não é pequena...




Fernando Pessoa, grande poeta. E este verso rege minha vida...
Eu sempre disse que prefiro me arrepender do que fiz ao que não fiz. Arrependo-me de poucas coisas na vida; ainda vivi pouco, nestes meus 28 anos; mesmo assim, são por ter ferido inocentes em meus bombardeios pessoais. Fiz escolhas erradas na tentativa de acertar na sorte. Avaliei mal em muitas opções, noutras nem pensei, apenas fui...

Há uma ânsia aqui no peito... Uma vontade enorme de conhecer o mundo e as pessoas. Sinto-me como uma viajante galáctica, uma exploradora despretensiosa, alguém que busca ver o mundo com os próprios olhos. Sapiência é o que aspiro, muito além do mero conhecimento e da filosofia da vida. Sapiência; agora entendo; isto sim é a verdadeira sabedoria. A mesma que pedia em minhas orações juvenis, “sabedoria para guiar minha vida”, a que advém com a experiência e não com a teoria.

Minha vida não segue ambições materiais, nem sucesso ou status. Estou à procura de um preenchimento no peito. Um sentido existencial, um amor de verdade, um grande momento, algo que me espante, me surpreenda! E isso causa uma saudade de não sei o quê... Um vazio. Estou só e não quero estar, porém não quero me prender a laços e correntes. Uma dúvida, um dualismo entre meu Ser e toda uma geração de costumes.

Alguns podem dizer que é solidão, outros podem dizer que é medo de amar e se machucar ou, ainda, de não ter encontrado o par perfeito, minha metade. Mas, me pergunto: isso me preencheria? È de um companheiro que necessito? Mas “beijo só não basta...”, disse uma poetisa amadora, do interior da Bahia, cujo nome não me lembro, “...é preciso meter os pés pelas mãos...”.

Procuro um disposto a meter os pés pelas mãos, a arriscar um mundo de incertezas. Há intensidade garantida, porém, nenhum futuro promissor à vista. Mas isso bastaria para saciar meus anseios de não-sei-o-quê?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Feliz dia dos Pais!



Cada um tem o pai que merece.
Com esta frase, provoquei diversos comentários. Em sua maioria, amigos insatisfeitos com seus pais. "O que eu fiz pra merecer meu pai?".

Família não se escolhe, aguenta! rs

No princípio esotérico, kharma e dharma são dívidas que pagamos ou recebemos por nossas ações no passado. Nascer em tal família não é uma decisão nossa, mas sim consequências do que vivemos em outras existências. Pois é... É uma forma conformista de se aceitar a família.

Cada um tem o pai que merece. Aprendemos com ele, convivemos com seus defeitos e o amamos mesmo assim. Ou carregamos isso pra terapia...

O chato é que tendemos a repetir os mesmos erros deles. Parando para analisar, somos parecidos em certas atitudes, até mesmo naquelas que detestamos em suas personalidades.

Pai é pai, não tem jeito. Não escolhemos, pagamos pelos erros dos nossos avós... E isso nos força a pensar nos coitados dos nossos netos...

sábado, 9 de agosto de 2008

No jardim de um artista plástico argentino


Conheci Díaz Navarro e sua esposa, casal de artistas plásticos, em Córdoba (AR) no reveillon de 2007/08. Duas coisas me marcaram:

1) as obras em mármore argentino, conhecido como tentrino; rosado, cheios de lascas e furos... parecido com coral.
O estilo de Navarro era sempre mais sutil, feminino, curvo... o de sua esposa, cheio de metais, madeira, fálicos. Um, o complemento do outro.

2) uma pintura de um cubo vermelho, na parede.
"Às vezes, um quadrado é só um quadrado", me disseram.

Aqui estão meus pensamentos, às vezes, eles são só pensamentos. Noutros, são relatos reais. Porém como um jardim Navarro, cheio de beleza, esculturas, pregos e ferpas ou apenas... um quadrado.