sábado, 28 de agosto de 2010
Encontro de Família
Estou despachando minha mãe para o encontro da Família Martha Felix em Cerro Azul (PR), em outubro.
Martha é sobrenome também, mas por anos, achei que fosse o segundo nome da minha avó Ana Martha. E mesmo que minha mãe afirmasse que não, só acreditei quando conheci minha prima de 5° grau com esse sobrenome em Curitiba.
O que me deixou muito contente, foi a afirmação do tio Milton de que 75% (não comprovado estatisticamente) de Cerro Azul serem nossos parentes. Enfim, uma raiz próxima! Um lado da família que não está do outro lado do mundo.
Ele conta que depois de muitos anos sem visitar a cidade (afinal meus avós se mudaram de lá no século passado) andou pelas ruas com meu tio-avô que ia apresentando os parentes que passavam. Balançando a árvore geneológica de uma cidade de 18 mil habitantes, caía muito primo.
Em outra visita, o carro quebrou e ele precisou comprar uma peça numa oficina. O problema é que a peça era cara, o dono não vendia a prazo e havia a possibilidade de não servir. Até que se descobriram primos. Resultado: ele levou a peça para testar, se desse certo depositaria o dinheiro e se não desse, mandava a peça de volta por algum primo.
Mas, o mais legal de ter raízes em cidadezinha do interior do Brasil é saber que tenho um monte primas loiras! E elas dizem "E nós temos uma prima japonesa!".
Isso é Brasil.
*Na foto, meus avós com minha mãe e um tio passando ao fundo.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Bebês na Web
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Companhia para um chá
Enfim, encontrei uma companhia para tomar chá: minha professora de japonês.
Além de paciente (sou como uma criança de 1ª série aprendendo a ler e escrever em japonês) e cheia de histórias nipônicas para contar, ela adora chás exóticos.
E também gosta de chá de maçã com canela e morangos silvestres, uns dos meus preferidos! Outro dia me falou sobre uma flor de jasmim desidratada que se abre, em infusão, dentro da chaleira. "Fica lindo numa chaleira de vidro", comentou. Achei fantástico! Eu tenho a chaleira de vidro, falta achar a flor desidratada.
Hoje vamos tomar chá de folhas de jasmim antes da aula, uma variedade chinesa. Mas já experimentamos o chá verde com folhas de arroz (japonês) e o de hibisco (nacional). "Japonês adora hisbisco", ela afirma.
Enquanto minha professora prepara as aulas, eu preparo os chás. Já estão na minha agenda para a próxima semana: pêra verde e laranja com jasmim.
E pensar que no primeiro dia de aula, timidamente tomamos chá Mate Leão tostado...
Mesmo assim, na hora da ceia, eu ainda pergunto: você prefere chá, café ou leite achocolatado? Ela responde "Mas é japonesa mesmo...".
domingo, 15 de agosto de 2010
Como se arrumar em 30 min
Quanto tempo uma mulher precisa para se arrumar? Depende do caso.
Se for para ir até um barzinho ou cinema, em torno de 1h30min para banho, roupa, sapato e maquiagem.
Se for para uma balada, de um a dois dias, pois a preparação requer um salão de beleza para cabelos e unhas e uma volta no shopping para achar roupa e sapato ideais.
Se for para um casamento, uma ou duas semanas para encontrar o vestido longo, o sapato perfeito, as jóias que combinam e uma vaga no excelente cabelereiro para penteado, maquiagem e unhas.
E se for para sair com o Hebert para chegar às 21h num pub que depois das 22h fica lotado no sábado à noite? Trinta minutos. Esse foi o tempo recorde para entrar em desespero.
Quem assistiu Sexy and City 2 se lembrará da cena onde o quarteto de mulheres tem apenas uma hora para arrumar as malas e sair do hotel para não ter que pagar uma diária de 23 mil dólares.
Nessas horas, odiamos a praticidade masculina. Eles passam em casa, trocam a camisa e o sapato e já estão prontos. Porém, como estávamos de carona e a pessoa disse que queria chegar cedo, tive a difícil missão de comunicar as amigas e monitorar o horário.
19h30min, no meu prédio.
Celular toca:
- Tá pronta? Tô aqui embaixo.
- O quê? Mas eu ainda estou pelada!!!
Só não sai com o sapato na mão para não parecer que meu apartamento estava pegando fogo. Mas vesti correndo um vestido, enfiei o pé no sapato e joguei um sobretudo por cima para passar com alguma dignidade pela portaria do prédio. Debaixo do braço: bolsa, kit de maquiagem, 2 energéticos porque depois dos 30 anos a gente não tem mais aquele pique e um saco de pão de queijo porque nenhum de nós havia jantado.
O cabelo foi secando ao vento.
19h45, dentro do carro.
Saindo de casa, ligo para a primeira amiga.
- Amiga, você está pronta? Já saímos de casa.
- O quê? Você está louca? Estou passando (fritando) bife para as crianças! Elas ainda não jantaram.
- Em 30 min estaremos aí.
- Impossível! Só se eu não tomar banho... É melhor eu ir de táxi. Encontro vocês lá.
19h55min, a caminho da casa da outra amiga.
- Oi!
- Já saímos de casa. Estamos indo para aí...
- O quê? Estou começando a me arrumar agora.
- Então se apresse, estamos chegando.
Não vi, mas imagino o desespero dela.
Enfim, com exceção da amiga que precisou fazer o jantar para os filhos, conseguimos chegar no local às 21h.
É possível ficar pronta em 30 min, mas é odiável!
domingo, 8 de agosto de 2010
Intensivão de japonês
Contratei uma professora de japonês para fazer um intensivo durante a semana, além das aulas na associação-nipo aos sábados.
Estou me preparando para o teste de proficência em língua japonesa, o noryoku shiken ou Japanese Language Proficiency Test (JLPT), que será realizado em dezembro.
Devo aprender 150 kandis e ter um vocabulário de 800 palavras para ter o nível básico (5 ryu). O exame é requisito para algumas bolsas de estudos e universidades.
Bom, já sei uns 60 kandi e tenho dicionários (um novo e um todo em japonês - recém-herdado do meu pai), apostilas da Universidade de Tokyo, programa para escrita japonesa e uma professora.
Estou me preparando para o teste de proficência em língua japonesa, o noryoku shiken ou Japanese Language Proficiency Test (JLPT), que será realizado em dezembro.
Devo aprender 150 kandis e ter um vocabulário de 800 palavras para ter o nível básico (5 ryu). O exame é requisito para algumas bolsas de estudos e universidades.
Bom, já sei uns 60 kandi e tenho dicionários (um novo e um todo em japonês - recém-herdado do meu pai), apostilas da Universidade de Tokyo, programa para escrita japonesa e uma professora.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
10 anos depois...
Ontem eu estava revendo fotos antigas com um amigo que conheci há 10 anos. Putz, DEZ anos!
Enquanto jogávamos mau-mau pelo msn, sentados na mesma mesa, de frente um para o outro, e tomando vinho branco seco, de vez em quando interrompíamos a jogada para dizer "olha essa foto!"... Para o outro responder "caralho, como tava diferente!".
Eu sei, essa combinação não tem nada a ver: jogo, msn, vinho e foto antiga. Mas dez anos depois, todo mundo com mais de 30, isso não importa mais. Tudo virou dezena, engordamos uns dez quilos, mudamos de emprego umas dez vezes, um descobriu mais de 10 fios brancos, outro ganhou dez centímetros nas entradas laterais... A vantagem é que agora a gente pode se dar o luxo de usar o computador para substituir dois jogadores.
Há 10 anos não era assim. Celular era uma coisa para poucos, computador eram um item caro. A comunicação exigia mais energia humana: marcavávamos com antecedência, deixávamos recado por telefone ou simplesmente aparecíamos na casa do amigo sem avisar. Viajar? Só com uma galera de uns dez.
Hoje a gente marca e desmarca, começa e termina, ganha e perde online. Vida prática. Nem precisamos mais sair de casa carregando um espesso álbum de fotos.
As fotos estão salvas num pendrive. As memórias dos melhores tempos estão guardadas num HD (Hard Disk). Minha vida agora depende de um técnico de Tecnologia da Informação.
Ah, esse meu amigo veio resgatar a placa-mãe do meu velho computador, meu reservatório de memórias. No fim, o computador venceu o jogo e a noite terminou em ressaca.
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