sábado, 31 de março de 2012
Sushi com o sósia do Ashton Kutcher
Acabei de encontrar o sósia do ator Ashton Kutcher no elevador. Mal acredito que ele falou comigo. Tive que entrar aqui para postar isso antes que o deslumbramento passasse.
A versão é mais jovem e mais baixa (o original tem 34 anos e 1,91 mts), mas muito educado. Aliás, que mulher não se encanta por um homem que abre a porta do carro, deixa ela passar primeiro no elevador e presta atenção nas coisas que ela diz? O último com quem saí sempre abria a porta do carro para mim. Como era uma BMW, isso causava um maior efeito, é claro.
Voltando ao Ashy - o apelido que acabei de dar ao meu vizinho... Cheguei da feira do Guará, agora no fim de tarde, onde apoveito para comprar comida japonesa e água de coco. Entrei no cubículo, apertei o número do meu andar e fiquei lendo os avisos do mural, nem havia percebido que o elevador havia descido para a garagem até a porta abrir e entrar o moço lindo, de uns 1,80 mts, em forma, com uma sacola na mão.
Ele com um sorriso educado aperta o 13:
- Boa noite.
Eu com cara de susto:
- Boa noite...
Dois andares acima, eu ainda lendo o mural, ele me pergunta:
- Sushi?
Eu com cara de espanto:
- Hein?
Um sorriso lindo apontando para a própria sacola:
- Você também comprou sushi?
Olhando para as minhas sacolas transparentes, lembrei que comprei uma bandeja de sushi numa banca tradicional japonesa.
- É. Na Feira do Guará. Você também comprou lá?
Ele, informativo:
- Não. No Sushi Loko.
Eu, desdenhosa:
- Ah, no "creme-cheese-com-sushi"... E emendei: Tudo lá tem creme cheese, eu gosto de comprar no Guará numa banca japonesa, o sushi é tradicional e o preço é mais justo. Olha esse aqui, tem legumes, kani... E ainda acabei de encontrar lá broto de bambu pré-cozido,caseiro, isso refogado com carne é uma delícia (acho que essa era a minha deixa para convidá-lo para jantar, mas passou...).
Ele, interessado e tentando demonstrar algum conhecimento:
- Eu acho o sushi do Vicente Pires caro.
Eu, ultra prestativa, sem nem saber onde fica esse tal de sushi do Vicente Pires, saindo do elevador no meu andar e ele segurando a porta para me dar atenção:
- Outro lugar para você encontrar um bom sushi é no Mikami, na 414 Sul, a bandeja custa uns R$ 8 e é muito bom.
Ele, muito educado, com o sorriso maior ainda, mais lindo, mais charmoso do mundo:
- Obrigado!
E lá se foi a imagem dele junto com a porta que se fechou. "Uau, que gato!!!", pensei dando pulinhos no corredor.
É realmente foi um bom investimento ter mudado para esse prédio cheio de homens lindos.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Mudanças
Estou para falar disso há tempos. Mais precisamente há três meses que foi quando mudei algumas coisas na minha vida. Principalmente mudei meu foco, agora estou concentrada mais em mim, mais preocupada em resolver meus conflitos internos e ser mais feliz comigo (porque com os outros está cada vez mais difícil).
Desisti do Japão, mas continuo estudando o idioma e tenho teste de proficiência no fim do ano. Estou no meio de uma pós-graduação e enfim, após alguns meses, me enturmei com uma garotas animadas da minha sala. Toda quinta-feira, após a aula, saímos para beber e conversar. Estou me abrindo para conhecer novas pessoas, ampliar meus horizontes, viajar mais (cadê a maionese?).
Comecei assim: mudei de apartamento, iniciei terapia com um psicólogo, adotei uma gata abandonada, tentei arrumar um namorado... Bem, o namorado não deu certo. Mas, o resto vai indo bem.
Mudar de apartamento foi maravilhoso. Percebi que estava acomodada no lar anterior e o fato da proprietária querer reajustar o aluguel defasado me proporcionou alugar um bem melhor com direito a piscina de 20mt, sauna, academia, plaground, salão de festa, espaço gourmet, churrasqueira e mais um monte de coisas que não vou usar, por só um pouquinho a mais do que o anterior. O condomínio não é muito caro, então compensa.
Prometi-me nadar sempre, mas acho que fiz isso umas 4 vezes apenas. Pela sacada vejo alguns solitários nadadores como eu, de touca e óculos de natação, se exercitando. Odeio piscina cheia de gente, principalmente de crianças, então fico esperando abrir uma brecha no horário para bater perna na água.
Estou bem localizada, ao lado do metrô, entre padaria, supermercado, farmácias, bares e restaurantes. Houve um final de semana em que eu e uma amiga resolvemos rodar os barzinhos da esquina. Perto o suficiente para ir de salto alto a pé. Acabamos na danceteria (sim, fica na esquina de casa) e voltamos para casa às 4h da madrugada. No dia seguinte, quase na hora do almoço, descemos para tomar o café da manhã na padaria. A maioria dos que vimos na night estavam por lá com a mesma cara de ressaca e óculos escuros como nós. Me senti uma verdadeira mulher de 30.
Estou ficando preocupada com isso. Quando adotei a Esmeralda, a gata, um amigo aproveitou para zoar com a minha cara "Você está se tornando uma tia velha cheia de bichos". Olhei para os lados e vi um monte de pessoas (homens e mulheres), na faixa dos 50 anos, solteiras, sem filhos, sem namorados, umas bem resolvidas, outras nem tanto.
Mas, está f***. Adoro morar só, ter meu espaço, meu cantinho, andar nua pela casa, comer na hora em que eu quiser, deitar e ler um livro até o fim numa única lapada de 400 páginas sem interrupção... Porém, falta alguém com afinidades para eu dividir meu espaço. Estou carente e isso é uma m****. Não existe sexo sem compromisso que supra essa necessidade de afeto feminino.
Mesmo que eu consiga encarar isso, supere isso na terapia, sempre vou achar que falta uma metade de mim que anda por aí sem saber que eu existo. Nesta quarta-feira, 21, faço 2 elevado a 5 anos e me falaram que daqui há 3 anos eu vou pirar, me agarrar ao primeiro pau que descer o rio boiando, num ato de desespero. Senão, a outra alternativa é me tornar uma jornalista solteirona cheia de gatos, cachorros, cobras, sapos e lagartos. Com certeza vou ser uma pessoa bem menos tolerante.
Cheguei a perguntar para minha terapeuta se isso é da cidade ou da idade. Ela disse que é da idade, vamos ficando mais rabugentos com o tempo. Mais, racionais, separando bem as coisas. Vejo meus amigos da mesma faixa etária fazendo classificações cada vez mais egocêntricas: mulheres para namorar, mulheres para casar, mulheres para transar e mulheres apenas para amizade (sem cor). Se algumas delas demonstrar carência, eles somem rapidinho. Ainda bem que ainda existem os amigos gay (toda mulher merece ter um amigo gay).
Que mundo é esse em que estamos vivendo? Só tenho visto gente solitária e excêntrica nessa cidade. E pior, estou a meio caminho de me tornar um deles.
domingo, 18 de março de 2012
Vamos ao circo?
Acabei de chegar da última apresentação do espetáculo Varekai, do Cirque du Soleil, em Brasília. É um ingresso caro que vale a pena pagar. Da 4a. fileira, sobre mim, voaram acrobatas pendurados por um fio em apenas um braço. Ri com palhaços sem máscaras; admirei cada acobracia e contorcionismos de mulheres, homens e crianças artistas; me espantei com a superação dos limites físicos.
A platéia aplaudia, gritava, se espantava e eu junto, como uma menina de 10 anos que vai ao circo pela primeira vez. Nada de elefantes, leões, cães ou pôneis amestrados. O circo canadense utiliza apenas o corpo humano e uma excelente produção técnica. Não havia como não reparar no explêndido figurino, na arquitetura e engenhosidade da parafernália toda (iluminação, som, guindastes, efeitos especiais etc).
E os corpos maravilhosos? Nada de músculos salientes ou bíceps e tríceps avantajados. Verdadeiros corpos malhados são sequinhos, esguios, no máximo com uma barriga tanquinho. Alguns artistas são delicados, outros viris. Vi dezenas de Michelângelos na minha frente!
Outra coisa contagiante é o sorriso deles, percebe-se como se divertem no palco. Alguns até interagiram com a platéia, um sorriso mais focado, uma piscadinha. Outros mais sérios, concentrados em suas dificuldades. O sorriso alegre de uma menina num papel terciário me contagiou... Porque é assim, enquanto os malabaristas principais se apresentam na frente do tablado, os demais criam pequenas historinhas ao fundo, divertidos e saltimbancos.
Em alguns momentos, a atenção se dividiu entre a atuação principal e do fundo dos palcos. É uma explosão de cores, de saltos, acobracias, malabarismos e com figurinos lindos!
Saí de lá super feliz. Foi um ótimo presente de aniversário!
A platéia aplaudia, gritava, se espantava e eu junto, como uma menina de 10 anos que vai ao circo pela primeira vez. Nada de elefantes, leões, cães ou pôneis amestrados. O circo canadense utiliza apenas o corpo humano e uma excelente produção técnica. Não havia como não reparar no explêndido figurino, na arquitetura e engenhosidade da parafernália toda (iluminação, som, guindastes, efeitos especiais etc).
E os corpos maravilhosos? Nada de músculos salientes ou bíceps e tríceps avantajados. Verdadeiros corpos malhados são sequinhos, esguios, no máximo com uma barriga tanquinho. Alguns artistas são delicados, outros viris. Vi dezenas de Michelângelos na minha frente!
Outra coisa contagiante é o sorriso deles, percebe-se como se divertem no palco. Alguns até interagiram com a platéia, um sorriso mais focado, uma piscadinha. Outros mais sérios, concentrados em suas dificuldades. O sorriso alegre de uma menina num papel terciário me contagiou... Porque é assim, enquanto os malabaristas principais se apresentam na frente do tablado, os demais criam pequenas historinhas ao fundo, divertidos e saltimbancos.
Em alguns momentos, a atenção se dividiu entre a atuação principal e do fundo dos palcos. É uma explosão de cores, de saltos, acobracias, malabarismos e com figurinos lindos!
Saí de lá super feliz. Foi um ótimo presente de aniversário!
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