quinta-feira, 26 de março de 2009
Qual é a parte boa de ser mãe?
Eu me pergunto isso toda vez que ouço as mulheres se reunindo para desabafar o stress de ser mãe de filhos pequenos. Aquelas coisinhas fofinhas totalmente dependentes dos pais.
Tem dias que minhas amigas chegam desabafando o pesado fardo de ser mãe. É a babá e a empregada que nunca vão trabalhar no dia em que mais se precisa. Ou a criança que não dorme com febre, com catarro, com diarréia, com dor de ouvido. E quando dorme tarde, acorda cedo. E quando dorme cedo, acorda cedo também.
Nem todas tem uma mãe para vigiar o neto. O pedido para uma amiga confiável ter que ser guardado para uma situação especial ou extrema. Então, momentos de lazer com o maridão, namorado ou paquera são raros. Ainda mais porque os pequeninos querem dormir com os pais.
Noites mal-dormidas; o desenvolvimento da paciência de Jó; comida espalhada pelo chão, roupa e cabelos; brinquedos pela casa toda e decoração (suspensa) adaptada aos pequenos. Gastos e mais gastos são para os filhos. Sapato e roupa infantil novos são a cada seis meses e sempre dois números maior porque eles crescem rápido. Roupa fashion, sapato chique, viagem no feriadão, praia no final do ano, comer em restaurante, tudo vai para último plano.
E quando eles começam a andar... Aí mora o perigo. Se piscar, o menino some no meio da multidão no shopping. Se parar para conversar com a professora na saída da escola, o menino corre para o parquinho e só sai agarrado, entre chutes e choro.
Quando têm irmãos, brigam o tempo todo. Na escola, mordem e arranham uns aos outros. Trazem brinquedos que não são deles e perdem os que são. Para cada filho, uma lancheira e um lanche personalizado, se mudar o sabor é o fim do dia.
Eles precisam de dedicação, paciência e disposição, pois estão aprendendo tudo. "É minho (meu)!", "Eu sabo (sei)", "Eu tem (tenho) força". A palavra "não" é algo constante nessa fase. Os pais dizem "não coloque isso no nariz", "não coloque o dedo na tomada", "não jogue isso no chão", "não bata na sua irmã" etc. Quando o "não" se torna banal, só há duas saídas: bater ou chorar.
Ouvindo todos esses relatos, fiquei horrorizada. No meu departamento, sou a única sem filhos.
Perguntei:
- Afinal de contas, qual é a parte boa em ser mãe?
Uma mãe, que era a mais revoltada do dia, respondeu com olhos sonhadores:
- É quando ele acordam de manhã cantando "mamãe, eu quero mamar".
Outra com um imenso sorriso no rosto:
- Quando eles dizem "mamaaaãe" e te dão um beijo!
Hum, não sei. Me parece que adotar um filho de 18 anos, já saindo de casa, é mais negócio.
Não me convenceram, não.
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3 comentários:
hahaha. Acho bem difícil explicar para quem tem filho o qnt é bom, mas q um 'Eu te amo, mamãe' é uma coisa maravilhosa, ah isso é!
Ah, esqueci de comentar!
Se o meu filho fosse um desses das fotos, com certeza, nem um Te amo, mamãe iria me fazer feliz. hahaha.
Bjinhos.
Haaaa... ser pai acho que cabe nesse comentário rsrsrs.
É muito bom, acredito que só vivendo para saber realmente como é. bjo
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