Eu sobrevivi!
E para não dizer que não peguei nada, peguei uma baita gripe neste Carnaval, estou com a garganta doendo e o nariz escorrendo. Entre mortos (um cara infartou e morreu ao lado do trio elétrico no encerramento da folia) e feridos (umas brigas de vez em quando), até que me sai bem, apenas com um pé inchado (e nem foi de cachaça) e a gripe.
Não tenho resistência alguma a chuva de madrugada, sono acumulado e overdose de axé music. Estou ficando velha, já não tenho pique para essas coisas de adolescente. Sobre aquela história de uma vez na vida e outra na morte: mais uma dessa e eu morro! Acho mais seguro voar de paramotor e dar uma de Indiana Jones do que pular seis dias de carnaval na Bahia.
Passei a última noite a base de energético e muita água de coco, já que estou tomando antiinflamatório e não posso beber alcóolicos. Fiquei na avenida até acabar oficialmente o Carnaval, pois Janaína partiria nesta manhã e queria aproveitar até o último momento.
Pena que o encontro dos trios em frente aos camarotes vips não foi como o esperado, nada de misturar os blocos e cantarem juntos a mesma canção. Mas, deu pra ver o sol nascer e assistir, literalmente de camarote, a polícia militar prendendo os encrequeiros de plantão. De cima, com vista privilegiada, tínhamos o panorama de todas as brigas de rua, as discussões de casais, a polícia levando gente e mais gente para o posto policial. Parece que como era último dia, os malandros da cidade que não brigaram, queriam brigar tudo de uma vez. A polícia levava dois, logo atrás vinha outra briga. Só não vi briga de mulher, isso é até engraçado de ver, pois é mais briga verbal (palavrões) e puxões de cabelo. Ganha quem arrancar mais tufos e rasgar melhor a roupa da outra.
A revista corporal para entrar no circuito da folia, o uso de detectores de metais, o policiamento ostensivo e a boa distribuição do público fez com que esse carnaval fosse bem tranquilo em relação aos anos anteriores.
Poxa, esqueci de me despedir da minhas amigas Su e Ju, as enfermeiras do bloco de carnaval que me atenderam todos os dias. Elas foram um amor com todos, atendiam os bêbados com a maior solicitude, até os que iam lá só para encher o saco. Descobri que além de mim, houve mais dois indivíduos que passavam umas duas vezes por noite por lá para usar o spray antiinflamatório. Pena que não nos encontramos para trocar telefones de fisioterapeutas.
Bem, não encontrei a Dalila e não beijei ninguém no bloco. Confesso que fui desanimando no meio da reta, ainda mais depois que fiquei perdida das amigas e da mamãe por uns 30 minutos. Que garota de 28 anos vai pular em bloco com a própria mãe? Só eu, é claro. E ainda se perde...
Bem, amanhã, quinta-feira pós carvanal, já poderei ir ao hospital levar meu pé para passear. Afinal, nesta quarta-feira de cinzas os hospitais devem estar cheios de cachaceiros tomando glicose na veia e médicos mau-humorados de ressaca.
Eu que não vou arriscar entrar com um pé ruim e sair com o sexo mudado...
4 comentários:
as melhoras e bom restabelecimento! O melhor é usar meia elástica no pé e enfiar o pé em água quente e sal grosso. Nunca tive nada no pé, mas é o que dizem os mais velhos. beijos
Japinha, japinha!
Mas como essa paranaense, metida a baiana e com ares tocantinense se meteu em mais uma furada? Deve ser o seu lado Indiano Jones que sempre fala mais alto: vamos lá ver no que vai dar.
Eu só te garanto uma coisa, no ano que vem será a nossa vez de cair na folia. E ai de você se me deixar na mão... Quem disse que praga de urubu não pega?
Fala que foi bééééééééérne logo q tava no seu pé. Fica nessa enrola de "passar no posto médico pra usar spray antinflamatório". Huahuahuauhauhauha.
E não insiste nessa de "voo de paramotor", porque fazer download de vídeo do Youtube e falar que foi a você, qualquer um faz... kkkkkkkkkkkk
(não censure meu comentário, jornalista!)
Olá! Está melhor do pé? Beijos e um bom fim de semana!
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